
“Manha que nasceu só para a iluminar e um bom dia nos desejar, o tempo parou só para eu a observar. O sol que se deliciava em acariciar a sua pele macia e me permitia observar, cada traço de imperfeição que criava toda a perfeição que existia. O seu rosto sereno adormecido que lhe pintava o ar de uma menina perdida, uma criança inocente que se esqueceu que o mundo existia. Toquei gentilmente os seus cabelos negros e suaves, senti-os a deslizar por entre os meus dedos como se nada os impedissem de se moverem. A paz da manha que invadia o meu coração ao observar a mulher que se encontrava perdida em meus braços. Era amor, era silencio, era o vazio preenchido, era a inexistência de um mundo para alem daquele que ela me podia oferecer. Ela era ar, vida, amor, carinho, beleza, paz, ela era a essência que explicava toda a razão da minha existência. Ela era o meu suspiro de vida. Sem ela eu não podia existir, sem ela eu seria apenas homem vagabundo que caminhava na sombra a espera da morte. Somente a ela eu pertencia e eu era feliz. Não havia nada que me pudesse separar dela.
Nessa manha assim permanecemos. Deitados com os nossos corpos a sentirem-se, como se tivessem perdido as formas e se tivessem unido, criando um único ser, uma única forma, um único corpo, uma única essência. Nessa manha nós fomos um só.”
By: Paula Muñoz
Sem comentários:
Enviar um comentário