sábado, 15 de março de 2008

Luar


A tempestade que acorda na minha mente e persiste em perturbar o meu sono. Perdendo-me no caos dos pensamentos, apercebo-me da incapacidade de ter consciência do que o meu coração sente, ou será que ele já não sente?

Gritam-se sombras de um passado já não sentido, em busca de impedir que tudo seja esquecido. Mas o presente persiste em combater tudo o que o impeça de viver, destruindo tudo o que se atravesse no seu caminho.

Sem ninguém para escutar o meu lamento, eu pronuncio-me a lua. Desejava a clareza dos meus dias, em vez das sombras que cobrem o sol que brilha em desespero. E no silêncio das minhas palavras, ela respondeu-me:
-Quem cobre o teu sol não são as sombras, mas sim as tuas próprias mãos.

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