sábado, 22 de março de 2008

A Prisão


A dor que existe mas não se sente, como uma ferida que chora mas não se vê. O desenvolvimento de um ser humano partido em pedaços, e atirado para uma prisão sem liberdade condicional. A dor que constrói o desespero, que desperta a raiva que consome até que batemos no fundo. Mas quando alcançamos o fundo, o fundo abre-se e caímos novamente até que finalmente nos perdemos.

Presos durante tanto tempo que quando finalmente nos livramos da prisão, quando olhamos, nós já nos tornamos nela.

Os anos que passamos presos na prisão nunca iremos recupera-los, e aqueles que nos esperam simplesmente não os saberemos viver.


Gackt - Ash

Kaze no naka ni mau waraiau koe
Kirameku yuuhi ha asu he no yakusoku

Tsuki ga utsushidasu kimi wo mitsuketa
Iroaseta toki no utakata no yume

Modoranai yasuragi sae nando mo kowasareteyuku
Afureru nikushimi ga kono sora wo yakitsukushite

Mori no zawameki ha yasashii utagoe
Hon no wazuka no shiawase na yume

Kogoeru itami ni sae
Yasashisa wo oboeteyuku
Subete wo keseru nara
Kokoro sae mou iranai
Ash

Tada hageshiku moeru
Kono karada de yokereba
Kimi no tame ni subete sasageyou

Kono kanashimi dake ha keshite wasurenu you ni
Namida no ato wo naifu de nando mo nazotta

Akatsuki no sora ni ukabu kagerou
Hohoemu kimi ga boku no soba ni ita

sábado, 15 de março de 2008

Luar


A tempestade que acorda na minha mente e persiste em perturbar o meu sono. Perdendo-me no caos dos pensamentos, apercebo-me da incapacidade de ter consciência do que o meu coração sente, ou será que ele já não sente?

Gritam-se sombras de um passado já não sentido, em busca de impedir que tudo seja esquecido. Mas o presente persiste em combater tudo o que o impeça de viver, destruindo tudo o que se atravesse no seu caminho.

Sem ninguém para escutar o meu lamento, eu pronuncio-me a lua. Desejava a clareza dos meus dias, em vez das sombras que cobrem o sol que brilha em desespero. E no silêncio das minhas palavras, ela respondeu-me:
-Quem cobre o teu sol não são as sombras, mas sim as tuas próprias mãos.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Falsa Mudança


A triste verdade que muitas pessoas esforçam-se para manter escondida na tentativa de manterem a esperança, é que ninguém muda. Podemos olhar para alguém e dar a desculpa que a pessoa mudou nisto ou naquilo, mas a verdade é que se olhássemos mais cuidadosamente iríamos ver que nada realmente mudou.

Ninguém muda! É triste por vezes gostarmos de alguém e não gostamos de aceitar que aquilo é tudo o que poderemos receber dali, mas essa e a cruel verdade.

Aquilo que olhamos e pensamos ser uma mudança, é simplesmente uma pequena cedência que se faz na tentativa de suavizar a situação.

Mas também existe aquelas pessoas que olhamos e pensamos que aquela pessoa realmente mudou. Mas a verdade é que essa pessoa foi apenas alguém que se deu ao trabalho de desistir dela mesma, na esperança que dessa forma tudo corresse melhor.

Se desistirmos de nós mesmos nunca seremos felizes, muito menos completos.

Nunca depende apenas de uma pessoa para algo poder funcionar…

Da mesma forma que quando algo falha, a culpa é dos dois independentemente de quem carregue o maior peso.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Lamento Nocturno: O Abandono


Entrego-lhe as minhas lágrimas e peço-lhe perdão por tudo o que fiz e não fiz, por tudo o que fui e não fui capaz de ser… peço-lhe perdão pela minha fraqueza e a minha necessidade de partir ou talvez mesmo de fugir.

Ao longo do caminho perdi-me e parece que não me consigo voltar a encontrar. Preso por entre deveres e desejos, receio que as forças para lutar tenham desvanecido.

As lágrimas que não acalmam a dor de a perder.

Exponho-lhe as minhas palavras em páginas rasgadas pela vergonha e retiro-me. Viro as costas ao amor que durante muito tempo carregou a minha alma e a acarinhou sem pedir nada em troca. No seu amor nunca existiu egoísmo, somente tristeza por eu não partilhar a mesma força e determinação. Tudo por causa do meu medo… o medo.

Como um cobarde banhado nas ondas da sua própria vergonha viro-lhe as costas, para não olhar para a sua dor, para a sua forma amargurada ao segurar nas suas mãos as minhas palavras.

Sim, eu abandonei-a.

O silêncio dela foi algo que nunca compreendi. Nunca entendi a sua dor; a lágrima que deslizava em silêncio do seu rosto.

Grito aos deuses com o coração cheio de ódio; magoa; tristeza:”-Porquê?!!”

Gostava de saber porquê que eu nunca a entendi. Gostava de conhecer a sua dor, o seu lamento. Durante todo aquele tempo, por mais que ela falasse, acho que nunca realmente ouvi o seu lamento, ou talvez nunca o tenha escutado atentamente sem qualquer julgamento.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Lamento Nocturno: O Desespero

Cada vez menos lhe digo que a amo e que sinto a sua falta. Eu vejo nos seus olhos que ela cada vez mais se afasta de mim, e eu nada faço para a alcançar. Limito-me a observar enquanto ela se distancia; a vê-la cada vez menos a procurar o meu amor como seu refúgio e cada vez menos a afirmar que me ama.

A vida começa a desfalecer em mim enquanto a observo a partir.

Peço-lhe que espere e me dê tempo, mas peço-o pelas razões erradas. Em fez de lhe afirmar a verdadeira razão do meu pedido, minto-lhe, escondendo-me por detrás de desculpas para não lhe afirmar o meu medo.

Sinto-a afastar-se novamente, ainda mais de mim… mas não consigo parar de esconder-me. Queria conseguir gritar e destruir tudo o que me impede de agarra-la, mas não consigo.

Aperto o seu corpo contra o meu no silêncio vazio, e sinto o meu corpo a estremecer. Eu não a quero perder.

Quero partilhar cada segundo que respiro com ela, e quero voltar a afirmar a cada minuto o meu amor por ela. Tenho de a lembrar antes que ela se esqueça; antes que ela desapareça; antes que tudo se perca.



Poisonblack - Illusion/Delusion

And she cradles me down into sleep
Still I miss her so and for more I weep
And she gives me death yet I'm alive
Craving eternally, on her I thrive

We are one, we are the same
Burning with brightest flame

I am the strange illusion, don't feel too real
A catatonic thing that should not be
You are the seewt delusion yet you feel so real
for all these wounds I have only you can heal

And she buries me down far too deep
Yet six-feet high and gives me bliss to keep
And she abuses me yet I abide
She's in demand, my hunger I cannot hide