
Se soubéssemos quando iríamos morrer provavelmente muitos de nós faria muita coisa diferente, tomaria decisões diferentes, seguiria caminhos diferentes. Provavelmente outros não fariam nada de diferente, simplesmente viveriam as suas vidas como se nem o soubessem. A verdade é se fosse mos a desejar muito algo, e se fosse mos a imaginar que o tempo para esse algo acontecer tivesse limite, iríamos nos sentir tristes/desiludidos, por já não haver nada a segurar a ilusão de que teríamos tempo para ver a compensação de todos os nossos esforços. Metade do nosso tempo somos transparentes, tão transparentes que ninguém vê que la estamos. Metade do nosso tempo esforçamos-nos por algo que amamos ou queremos, mas parece que o nosso trabalho simplesmente não dá frutos. Metade do nosso tempo acaba por ser desperdiçado por dar-mos como garantido o dia de amanha. E se amanha já não existíssemos? E se amanha o que amamos já não estivesse connosco? Desperdiçamos o nosso tempo a dar ouvidos a quem não devíamos, a escondermos-nos por detrás de desculpas desnecessárias, a dar valor as coisas erradas. Se amanha não existisse, o que faríamos nós hoje diferente? É preciso chegarmos ao extremo de correr o risco do amanhar não existir para darmos valor ou lutarmos por tudo aquilo, que hoje seguramos em nossas mãos? Porque não o fazemos hoje? Enquanto existe tempo para o fazer, e para desfrutar do que obtermos. Enquanto existe tempo...
O meu único lamento se amanhã não existir, é apenas não viver o suficiente...
Para ver tudo aquilo por que lutei, existir.
By: Paula Muñoz
November's Doom - Leaving This